26.6.11

My tears dry on their own

Faz sol ali através do vidro sujo da janela, mas alguém notou o quanto eu chovi? Escorre outra lágrima e eu seco e finjo outro sorriso e ensaio meu cada vez mais certo adeus ao céu azul.
As notas e letras se apresentam diante de mim como boas companhias desde que eu aprendi a ler partituras e palavras, no entanto isso muitas vezes talvez não signifique que eu só precise de papel.
Eu tenho planos e isso não me deixa melhor. Porque meu esforço em te manter bem não é reconhecido e ele é enorme, e nunca é planejado: é natural. Porque pater não sabe o quanto me mata ver tua feição mudar por causa de planos nossos desfeitos sem motivos. Porque eu ouço as portas fechando e estou sozinha outra vez, sentada em um sofá no canto da sala, e não é essa a solidão que me agrada. Porque eu sou tão insensível ao ponto de me desfazer em lágrimas ao perceber outra vez que não sou parte do teu mundo.
Choro sozinha, choro e chovo sempre sozinha. E seco as gotas agridoces que escorrem de meus olhos e finjo outro sorriso e ensaio meu cada vez mais certo adeus ao céu azul.


All I can ever be to you
Is a darkness that we knew
And this regret I got accustomed to...

5 comentários:

J.B Ribeiro disse...

E se sentir sozinha nem sempre - eu até mesmo arriscaria um "nunca" - é estar sozinha. Passamos a vida dando volta por diferentes mundos, e se um não te pertence mais, talvez seja hora de secar as lágrimas e procurar por outro.
parabéns pelas palavras, futura historiadora :)
beijinhos!

Ana T. disse...

É o preço, meu amor, por escolher estar só.

Jeey disse...

uooooouuu!
realmente bati palmas sozinho!

o dia que escreveres um livro eu serei o primeiro da fila pra pegar um autografado! :D

quem me dera...

Carlos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos disse...

Estar só eu diria que pode ser além de uma escolha, pode ser um medo de não ficar sozinho.
Parabéns, cada dia que passa fico mais teu fã
ashausuuahsia ;x