liga a máquina de costura e junta aqueles trapos
esses tantos fios coloridos não farão um conjunto destoante,
não te preocupa
os movimentos às vezes parecem uma dança
a sincronia da agulha, do empurrar do tecido, da respiração
tu me diz bonita costurando os retalhos
não te esquece da água fervendo na cozinha
desliza a cortina leve pra frente da janela aberta
o vento frio vai ondular o tecido
enquanto a gente divaga
e devaneia
sonha
me enrola naquele cobertor que tu tem desde que era criança
ajeita meu cabelo do jeito que tu gostar
me sorri com os lábios, os olhos e a alma
sonha
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